Quais países Europeus têm maiores níveis de Racismo?

Desde as escolas para o mercado laboral, habitação e saúde, pessoas negras enfrentam discriminação “abrangente e implacável”, um relatório EU revelou.

Um novo relatório enfatizou níveis “embaraçosos” de racismo na Europa, em comparação com outros países.

A Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA) encontrou que pessoas afrodescentes enfrentam discriminação racial, assédio e violência recorrentes em todos os aspetos das suas vivas, independentemente onde vivem.

“Imaginem que vocês se candidatam a empregos e nunca recebem respostas de volta. Imaginem que procuram uma residência para a vossa família mas nunca são bem sucedidos. Imaginem que a vossa experiência de assédio ou violência vos deixam profundamentante traumatizados,” escreveu o diretor Michael O’Flaherty no relatório, diretor da FRA.

“Esta é a relaidade para muitas pessoas hoje na Europe, simplesmente devido à cor da sua pele.”

O relatório FRA encontrou que mais de metade de pessoas negras na Europa experienciou discriminação – um aumento desde o último relatório em 2018. Porém, este relatório complementou que muito do racismo não é vísivel e mantém-se indetetado.

Por volta de 6,750 pessoas negras foram questionadas em 13 estados membros, inclusive a Áustria, Bélgica, Dinamarca, Filândia, França, Alemanhã, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Espanha e Suécia.

Alguns dos piores resultados foram demonstrados na Áustria e na Alemanha, onde a extrema-direita está a ser melhor representados em momentos de votação, embora o racismo seja “abrangente e implacável” ao longo do bloco.

Aproximadamente dois-terços de pessoas negras na Áustria (67%) e na Alemanha (65%) disseram que enfrentaram discriminação nos últimos 12 meses.

Portugal e a Polónia foram os países menos racistas, com 17% e 19% dos respondentes a terem experienciado discriminação com base na raça ou etnia, de acordo com a FRA.

“Vamos realçar isto de novo: o racismo não tem lugar na Europa. Ser confrontado com a verdadeira escala do racismo é ambos chocante e embaraçoso. Estes resultados deviam ser um alarme para ações em direção à igualdade e à inclusão de pessoas com descendência africana,” escreveu O’Flaherty.

A FRA encontrou que experiências de racismo aumentaram em maior parte dos países Europeus, entre 2016-2022.

A Áustria e a Alemanha viram os maiores aumentos, saltando de 42% para 64%, e de 33% para 64%, respetivamente. Na Alemanha, o racismo quase duplicou.

França, Luxemburgo e Portugal foram os países que viram menos pessoas a reportar racismo.

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